“Os votos que a senhora
presidente recebeu, eu também os recebi”, disse, nesta noite de domingo, em
entrevista exclusiva à jornalista Sônia Bridi, do Programa Fantástico (Globo),
o presidente em exercício Michel Temer (PMDB). Ele lembrou
que, na urna eletrônica, apareciam as fotos de Dilma e dele, destacando
que havia uma aliança politica, no caso do PT com o PMDB,
Temer quis rebater assim
a crítica de que não teria legitimidade para estar como presidente da
República.
Michel reafirmou que vai
priorizar a política de crescimento do País e da pacificação. Assegurou também
que não vai mexer nos avanços sociais como o Bolsa Família.
Prometeu fazer uma União
entre os Estados no âmbito da segurança pública e que vai convocar os
secretários estaduais da área para discutir ações. Temer lembrou que também já
foi secretário da Segurança Pública de São Paulo.
Reiterou o presidente em
exercício que vai enfrentar o problema da Previdência Social. Sobre crítica de
ter feito um ministério só de homens, explicou ter sido inevitável fazer uma
composição política, o que se exige numa democracia. Os partidos trouxeram
vários nomes, mas observou estar convicto de que escolheu os melhores. A
resposta foi à indagação de que prometeu uma equipe de notáveis.
Sobre ausência de
mulheres em seu ministério, disse que a chefia de seu gabinete é ocupada por
uma mulher. Garantiu que os ministérios da Cultura e o da Ciência e Tecnologia
serão ocupadas por mulher. Sem status de ministro, indagou-se, no que disse que
não é rótulo que vai provar quem trabalha e age bem.
E o senador Romero Jucá,
investigado na Lava Jato, será afastado se virar réu? Temer elogiou Jucá, sua
competência e disse que, sob o foco econômico, ninguém conhece o orçamento como
ele, destacando que foi líder de três Governos e hoje quer ajudá-lo a governar
o País. Caso vire réu, disse : “Vou examinar!’
Temer garantiu que
pretende manter a cúpula da Polícia Federal, hoje investigando a Lava Jato.
Sobre seu nome citado como patrocinador de um diretor na Petrobras, no caso
Jorge Zelada – denúncia feita pelo senador cassado Delício do Amaral – garantiu
que competia à bancada peemedebista
Sobre o possível
recebimento de R$ 5 milhões para sua campanha, que teria vindo de uma
empreiteira, Temer descartou irregularidade.
O presidente em
exercício, indagado se a renúncia de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara,
facilitaria as coisas, disse: “Tanto faz. Pra mim, não altera nada!” O
TSE investiga a chapa Dilma-Temer por doações ilícitas, Michel reiterou que a
irregularidade envolveria a campanha da presidente afastada e não a dele.
Que legado gostaria de
deixar caso se confirme no cargo? “Diminuir o desemprego e pacificar o País”.
Garantiu Temer que, cumprindo essa tarefa, não postulará reeleição: “Estaria
satisfeito”, enfatizou.
DETALHE – O presidente em exercício deu entrevista
lembrando que “ainda” não é o titular do Palácio do Planalto.
Fonte: Blog do Eliomar