sábado, 21 de maio de 2016

Com aumento na conta de luz, cearenses investem em placas de energia solar

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O som dos eletrodomésticos da casa da família Bezerra de Menezes, localizada em Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza, está agitado. Há seis meses, eles se tornaram os produtores de boa parte da própria energia consumida. E tudo graças ao sol. Se chover, a produção de energia não é interrompida.
Através de placas fotovoltaicas instaladas no telhado, a energia solar é aproveitada e transformada em energia boa para uso, que não agride o meio ambiente e o melhor, sem o susto de uma conta de luz no final do mês.
Hoje, a família Bezerra ainda paga 30% do que consome, porque a quantidade de placas que eles instalaram corresponde a 70% da energia consumida. Mas de todo modo é um alívio para o bolso, como conta o piloto de avião, Fabiano Menezes.
Vamos a um exemplo prático: para uma família de quatro pessoas, que gasta em média R$ 300 por mês com a conta de luz, o investimento com as placas vai ser em torno de R$ 30 mil. Investimento que, segundo o diretor de uma tradicional empresa de energias renováveis do estado, Bastos Sampaio, vale a pena. Ele afirma que a procura pelo serviço no Ceará aumentou 100% neste ano, em comparação com 2015.
No entanto, para o especialista em energias renováveis da Universidade Federal do Ceará (UFC), Raphael Amaral, o maior desafio ainda é o alto custo da tecnologia. A usina de minigeração do Fabiano, é uma das 63 unidades solares que existem hoje no Ceará, segundo a Secretaria de Infraestrutura do Estado. As centrais estão localizadas nos municípios de Fortaleza, Aracati, Quixeramobim, Trairi, Aquiraz, Caucaia e Eusébio.
E a tendência é que mais cearenses optem pela energia alternativa, principalmente após o aumento de 13,7% na conta de luz este mês de abril. Para ampliar o acesso, a Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou no inicío desse ano uma nova resolução, que criou o Sistema de Compensação de Energia Elétrica, na qual permite que o cidadão instale pequenos geradores de energia em sua unidade consumidora e troque energia com a distribuidora local. 

Além disso, como forma de incentivo, o Estado prevê a redução do ICMS. Segundo o secretário Adjunto de Energia, Mineração e Telecomunicações da Secretaria de Infraestrutura do Ceará, Renato Rolim, o Governo estuda também implantar até 2018 placas solares em prédios públicos.
O Conselho Estadual do Meio Ambiente aprovou também uma resolução que isenta de licenciamento ambiental no Ceará os sistemas de minigeração de energia solar que forem instalados em telhados ou fachadas e que tenham capacidade para produzir até 2 megawatts de potência, como explica o gestor ambiental da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Wilker Sales. A esposa do Fabiano, Érica Menezes, está feliz em usar energia solar na sua casa.

O Ceará ocupa, hoje, a 13ª posição no mercado fotovoltaico de geração distribuída, sendo responsável por 1,99% da potência instalada no país.


Fonte: Tribuna do Ceará 
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