O meio político está
andando às cegas no que diz respeito ao modo de financiamento das eleições do
ano que vem. Pela regra em vigor, as empresas estão proibidas de doar para
campanhas eleitorais.
Sendo assim, como os
comitês vão financiar as candidaturas a prefeito? Não há respostas fáceis. Nos
bastidores, com fontes off, o raciocínio que mais se expõe é o seguinte: o
caixa dois será a saída.
Levanta-se uma
questão: uma campanha vistosa, com muito material de propaganda e um programa
de TV notoriamente mais caro que o dos concorrentes chamaria a atenção. Mas, o
que se pode fazer quanto a isso? A Justiça Eleitoral não tem mecanismos para
tratar desse ponto.
Outra: com caixa dois, a
tendência será trabalhar com dinheiro vivo nas mãos dos cabos eleitorais.
Pior: caso as
empresas rejeitem doar via caixa dois, a solução seria buscar dinheiro no mundo
do crime.
Fonte: Sobral em Revista.