Crime aconteceu na
madrugada deste domingo (23), em uma casa de praia no Paracuru. Na casa do
suspeito foram encontradas 8 armas
Marcelo Baberena de Moraes, de 37 anos, suspeito de matar
a esposa e a filha, confessou o crime em uma mensagem enviada ao grupo de sua
família por meio do aplicativo Whatsapp. A polícia encontrou no
celular do suspeito uma mensagem enviada direcionando-se a uma tia, onde
Marcelo pedia perdão e confessava o crime. Ele foi autuado em flagrante, por
homicídio doloso triplamente qualificado e se encontra detido.
Adriana Moura de Pessoa Carvalho Morais, de 39 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça, e a
criança Jade
Pessoa de Carvalho Morais foi
atingida com um único disparo, à queima-roupa. O tiro entrou pelas
costas e saiu pelo tórax do bebê. Um vizinho afirmou à polícia
que estava assistindo TV e, por volta de 2h, ouviu dois estampidos, em
sequência.
Segundo o suspeito, o casal
passou por uma crise em março deste ano, mas já havia contornado a situação.
Ele confessou que tinha ciúmes da esposa. Marcelo
estava completando 37 anos de idade neste domingo (23). A família
mora em Fortaleza passava o fim de semana na casa de praia do pai da vítima.
Rafael Barberena, irmão de
Marcelo, e sua esposa Ana Carolina Vilas Boas também estavam na casa e foram
levados para fazer exames residuográficos. O procedimento também foi
realizado nas mãos da vítima. Eles prestaram depoimento junto a Marcelo, na
Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, em Fortaleza. De acordo com a
delegada Socorro Portela, foram
constatadas divergências e contradições nos três depoimentos.
Ainda conforme a delegada,
Marcelo não explica como o crime aconteceu. “Não confessa, não justifica,
não fala. Só contou uma história que foi combinada entre os três”,
declara. Em depoimento, o suspeito informou que havia dormido em um quarto
com a filha de 7 anos. Adriana Moura e a bebê de 8 meses dormiam no quarto ao
lado. De acordo com Marcelo, ele entrou no quarto para acordar a esposa, viu a
criança, mas não percebeu que ela estava morta. Em seguida, acariciou as pernas
da esposa e percebeu que ela não se mexia. Gritou pelo irmão, Rafael Barberena,
que examinou Adriana e constatou que ela estava morta.
A casa de praia não apresenta
nenhum sinal de arrombamento e nenhum item foi levado do local. No quarto
em que Marcelo dormia, a perícia encontrou uma arma de calibre 38, com espaço
para cinco balas, mas nenhuma munição. O revólver estava dentro do bebê
conforto, e Marcelo informou desconhecer a arma.
No apartamento do suspeito e
de sua esposa, localizado no Bairro Cocó, foram encontradas oito
armas, de vários calibres. Ele disse que as armas eram de herança da
família e mencionou que seu avô era delegado. No celular da vítima, foi
encontrada outra mensagem em que um parente de Adriana afirmava que
Marcelo tinha confessado o crime.
A
polícia irá solicitar comparação balística com a arma encontrada no local e as
balas que atingiram às vítimas, além de exame de DNA da bebê de 8 meses e do
suspeito. “Não dá pra dizer que a motivação do crime seria referente a
herança e bens porque ele é gerente em uma loja de móveis planejados, a família
possuía fazenda, o pai já foi prefeito e o avô é delegado”, explica a delegada
Socorro Portela.
Fonte: tribuna do ceará