Os
líderes dos principais partidos de oposição devem selar uma aliança espúria com
o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para dar sequência ao golpe
contra a presidente Dilma Rousseff na Casa.
A ideia é aproveitar o momento ainda mais tenso na relação
entre o Planalto e Cunha, que acaba de ser denunciado pela Procuradora-Geral da
República por suposto envolvimento na Lava Jato e acusa o governo de fazer um
'acordão' para atingi-lo, para avançar em um pedido de impeachment.
Desde que Cunha foi denunciado, na última quinta-feira, o
presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), não se pronunciou. O
líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), pediu cautela e lembrou que Cunha
é inocente até que se prove o contrário.
Nota do colunista Ilimar Franco, do Globo, neste sábado 21,
aponta "indignação na oposição com o PSDB". Segundo ele, as siglas se
reuniram para ver como tratar a denúncia contra Cunha e, enquanto o presidente
do DEM, Agripino Maia, e seu líder na Câmara, Mendonça Filho, foram à TV,
"os tucanos sumiram".
PSDB, DEM, PPS e SD devem se reunir na próxima terça-feira
para unificar o discurso em torno da defesa do afastamento da presidente, de
acordo com reportagem da Folha de S. Paulo.
O acordo prevê que Cunha rejeite inicialmente um pedido de
impeachment, mas oposicionistas entrem em seguida com um recurso, para que ele
seja votado em plenário. O objetivo é não deixar apenas com o peemedebista a
responsabilidade da decisão, além de dar caráter coletivo à ação.
Fonte: Brasil 247.