terça-feira, 16 de outubro de 2012

Cagece já tem 331 multas por falta de abastecimento.Entre as localidades prejudicadas pelo abastecimento está o distrito de Taperuaba.

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  • São R$ 2,7 milhões em autos de infração aplicados pela ACFor; Decon/CE também multou a Companhia
A incerteza no fornecimento de água faz com que muitos moradores da Capital guardem água nos baldes para evitar transtornos. Por conta dessa situação, a Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental (ACFor) aplicou 331 multas, só neste ano, na Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), totalizando R$ 2,7 milhões em autos de infração.
A Cagece ainda foi multada, no último dia 2, pelo Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon/CE) pela falta d´água ocorrida no dia 9 de junho deste ano, após o rompimento de uma adutora no bairro Barroso, que atingiu dez bairros da Capital. A multa estabelecida foi de R$ 850,8 mil.
Conforme a ACFor, os bairros mais problemáticos são Pici, Alagadiço Novo, João XXIII, Quintino Cunha e Barra do Ceará. Contudo, o problema está em diversas áreas da cidade. Em enquete lançada, ontem, pelo Diário do Nordeste na rede social Facebook, foram citados Cristo Redentor, Passaré, entre outros. Até o fechamento desta edição, foram 185 comentários. “Aqui, na Barra do Ceará, só tem água dia sim, dia não”, escreveu uma internauta. “Na Colônia, falta todos os dias”, afirmou outra.
Na casa da comerciária Irene Pinto, no bairro Vila Velha, só tem água nas torneiras uma ou duas vezes na semana. Assim, ela se viu obrigada a construir um poço. “Ainda tentei desligar minha água, mas o esgoto custa o dobro. Aí, mesmo sem ter, a gente tem que pagar a conta no fim do mês”, destaca.
Causas
Segundo o diretor de operações da Cagece, André Facó, a falta d´água na Capital não se deve ao baixo nível dos reservatórios, mas ao transporte. “Não temos uma baixa na reserva dos mananciais, mas no transporte, especialmente para as áreas periféricas, que tiveram um crescimento muito grande”, esclarece.
Sobre as multas que o Decon e a ACFor aplicaram à Cagece, Facó ressalta que a assessoria jurídica já apresentou a defesa. “A Cagece é uma das únicas instituições que trabalha 24 horas em todos os dias do ano. Nós realizamos cerca de 30 mil serviços por mês e, se considerarmos esse número, vemos que a incidência de erros é pequena”, acrescenta.
Ele anunciou um investimento de R$ 200 milhões em obras, como a construção da Estação de Tratamento Oeste, que irá aumentar em 50% a capacidade de produção e transporte de água, e a adutora do Pici e do Guajirú, que deverá melhorar o abastecimento de bairros como o Pici, Messejana, Castelão, Quintino Cunha e Antônio Bezerra.
Outros municípios
Moradores de fora da Capital também sofrem com a falta d´água. A aposentada Maria das Neves Teles, que mora no Araturi, em Caucaia, é um exemplo. “Sempre tenho que deixar água nos baldes”, destaca. Na enquete do Diário do Nordeste no Facebook, internautas também citaram os bairros Tapera e Taperuaba, em Aquiraz e Sobral, respectivamente. “Em Itapipoca, no bairro dos Picos, faz três meses que não tem água”, contou um dos usuários.
André Facó admite que existe, ainda, uma irregularidade no abastecimento em Caucaia. “Neste mês, construímos uma adutora no Parque Potira e tivemos que fazer alguns ajustes para que o abastecimento fosse melhorado. Hoje, naquela área, a água chega por volta das 17h ou 18h. Antes, só chegava a partir da meia-noite”, diz.
Diário do Nordeste
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